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1999

Histórico

A cultura do algodão no Brasil teve início em meados do século XVIII, com a revolução industrial na Europa.


O primeiro grande produtor foi o Estado do Maranhão, que em 1.760 começou a produzir e exportar para Portugal, que por sua vez, exportava para a Inglaterra, centro da indústria têxtil na Europa.


O beneficiamento do algodão no Brasil tem seu início na mesma época. Contando com a mão de obra de escravos através de um método manual primitivo, utilizava um aparelho denominado “churka oriental” embora já existissem em outros países como Estados Unidos e Inglaterra, processos mecanizados.


São Paulo se firmaria depois como grande centro produtor com a vinda de alguns imigrantes norte-americanos. Eles traziam tecnologias mais avançadas de beneficiamento e também sementes de algodão herbáceo, de fibra mais curta que os do nordeste, porém, muito mais produtivos plantados anualmente.


De São Paulo o algodão expandiu-se para o Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, formando a zona meridional, responsável pela grande produção algodoeira do Brasil.


Com a expansão da cultura no Paraná na década de 80, as usinas que estavam desativadas no nordeste do Brasil e algumas em São Paulo, foram deslocadas para aquele estado, a fim de suprir a demanda de beneficiamento criada pelo crescimento.


A mesma coisa veio a acontecer quando, por problemas financeiros e de manejo fito-sanitário, ocorreu à migração da lavoura para a zona do cerrado brasileiro. Os produtores que empreenderam nessas regiões, trouxeram consigo as usinas que foram sendo desativadas no Paraná.


Em Mato Grosso do Sul, o cultivo do algodão começou pela região sul, com a implantação da Colônia Agrícola Federal de Dourados abrangendo os municípios de Naviraí, Fátima do Sul, Glória de Dourados e Deodápolis, entre outras. Inicialmente por intermédio de agricultores nordestinos e da migração de pequenos agricultores que já plantavam algodão em São Paulo e no Paraná.


Com o propósito de promover melhores condições de produção aos cotonicultores da região, foi criada em dezembro de 1978 a COPASUL, Cooperativa Agrícola Sul-mato-grossense que implantou em Naviraí, na década de 80, sua primeira usina de beneficiamento, tida como a mais moderna do Brasil.


Somente na década de 90 é que a planta passou a ser desenvolvida na região centro-oeste e norte do estado, especialmente nos municípios de Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Costa Rica, aonde o algodão se desenvolveu com seu novo perfil produtivo.


10 curiosidades que você precisa saber sobre o algodão

(Canal Rural). O Algodão é responsável por uma das principais cadeias produtivas do Brasil e do mundo. Essa commodity responde por uma parcela significativa do produto interno bruto (PIB) do país e emprega, direta e indiretamente, milhões de brasileiros.

Só no ano de 2016, a receita nacional com exportação dessa fibra, em pluma e caroço, chegou a US$ 1,215 bilhão, segundo o Ministério da Agricultura. A área total de Algodão cultivada no nosso território já chega a quase um milhão de hectares e a produção na safra 2016/2017 foi de 5,2 milhões de toneladas.

O que não se imagina é que o Algodão também é usado em diversos setores, como na medicina e até na fabricação de explosivos. Para destacar algumas dessas curiosidades, o site Boas Práticas Agronômicas do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) resolveu criar uma lista com os fatos mais curiosos sobre a cultura. Acompanhe abaixo.

As espécies mais comuns de Algodão (Gossypium L.) vieram da África Central, da península Arábica, do Paquistão e das Américas, regiões onde há registros que datam de 3 mil a 4.500 anos a.C. As primeiras referências históricas a essa fibra branca e macia foram escritas em sânscrito, no Código de Manu, considerado a legislação mais antiga da Índia. Há documentos, ainda, apontando que essa cultura estava espalhada pelo Egito, Sudão e toda a Ásia Menor. Os incas, no Peru, e os mexicanos também já usavam o Algodão bem antes do Descobrimento, dominando técnicas como a extração da fibra, fiação e tecelagem.

Com a domesticação da planta pelo homem, o fruto do algodoeiro aumentou muito de tamanho, para ganho de produtividade e aumento de resistência a doenças. A confecção de tecidos na China data de 2.200 a.C. Na Grécia, o Algodão foi introduzido por Alexandre, o Grande e chegou até o Egito, onde se produziu a melhor espécie no século V a.C. No século XVIII, após o desenvolvimento de máquinas de fiação, do tear mecânico e do descaroçador de Algodão, a tecelagem dessa fibra passou a dominar o mercado mundial de fios e tecidos. Hoje, cultivam-se comercialmente os tipos arbóreo e herbáceo.

A palavra Algodão deriva do termo árabe “al-quTum” (“o cotão”, que significa pelo ou felpa que se desprende de certos tipos de tecidos). Foram os mercadores dessa região que difundiram a planta pela Europa entre os séculos IX e XI.

O nome gerou, ainda, os vocábulos cotton, em inglês; coton, em francês; cotone, em italiano; e algodón, em espanhol. Os árabes foram o primeiro povo a fabricar tecidos e papéis utilizando essa fibra, algo só adotado na Europa durante as Cruzadas. Até a Idade Média, porém, as classes mais baixas europeias usavam predominantemente roupas de lã, linho e juta.

Por mais incrível que pareça, a planta do Algodão, do quiabo e as flores do gênero Hibiscus têm em comum o fato de pertencerem à família das Malvaceae. Fazem parte dela mais de 2 mil espécies espalhadas pelo mundo, principalmente na América do Sul. Uma de suas principais características é a presença de pelos ramificados ou escamosos. A flor amarela do Algodão, inclusive, lembra a de um hibisco.

O Algodão de fibra longa (superior a 32,5 milímetros) tem características que atendem à fabricação de tecidos finos e de luxo, a exemplo dos famosos lençóis e toalhas de fios egípcios.

Atualmente o Brasil importa fibras longas principalmente do Egito, para misturar com fibras médias e produzir um fio de melhor qualidade. Cerca de 97% da produção mundial de Algodão é de fibras curtas e médias. Os outros 3% – compostos por fibras longas e extralongas – são fabricados no Egito, nos Estados Unidos e no Peru. Essas variedades são conhecidas como Giza (egípcia), tipo mais branco, brilhante e resistente, e Pima (americana e peruana), Algodão que, é macio, brilhante, não forma bolinhas, tem a fibra mais fina e longa do mundo e sua cor natural é “branco cremoso”.

Os indianos lideram a produção global de Algodão, com 5,7 bilhões de toneladas na safra 2016/2017 – o equivalente a um quarto do total colhido no planeta, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em seguida, aparece China (com 20% da produção mundial), Estados Unidos (17%), Paquistão (7,5%), Brasil (6,2%) e outros (24,3%).

Já entre os maiores exportadores, estão os EUA (37%), Índia (12%), Brasil (8,5%) e Austrália (11,5%). Os demais 31% são exportados por diferentes países. E a lista de maiores consumidores de Algodão é encabeçada por China, Índia, Paquistão, Turquia, Bangladesh, EUA e Brasil.

Pouco se sabe da pré-história do Algodão no Brasil, mas quando os primeiros europeus desembarcaram no país, já havia índias cultivando a planta e a transformando em fios e tecidos rudimentares. A exploração comercial dessa cultura no território nacional começou mesmo em 1750, no Nordeste, sucedendo as atividades de mineração comandadas pelos portugueses. Durante o ciclo do Algodão, entre os séculos XVIII e XIX, o Brasil chegou a ser um dos maiores produtores e exportadores mundiais dessa fibra, que era usada como matéria-prima para a indústria têxtil inglesa no período da Revolução Industrial.

Com o avanço da cultura do café, no início do século XIX, o Algodão deixou de ter tanta importância para exportação. A situação se agravou com a devastação de várias plantações por um inseto chamado bicudo-do-algodoeiro, na década de 1980, levando o Brasil a precisar importar o produto. Nos anos 2000, porém, a situação melhorou e, em 2016, a receita nacional com exportação dessa commodity chegou a US$ 1,215 bilhão, segundo o Ministério da Agricultura.

O Mato Grosso responde por quase 67% da produção brasileira de Algodão em pluma e em caroço. Em seguida, aparece a Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás. Há, ainda, produção em estados como Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Tocantins, Roraima e São Paulo.

O plantio ocorre de outubro a fevereiro e a colheita se estende de março a agosto. Cerca de 50% da produção nacional é exportada. Os maiores compradores são Indonésia, Coreia do Sul, Vietnã, Bangladesh, Paquistão, China e Malásia.

Do total de variedades de Algodão cultivadas em 2016 no Baís, 78,3% eram geneticamente modificadas, segundo o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). No mundo inteiro, a taxa de adoção chega a 64%.

O primeiro Algodão transgênico foi aprovado em 1995 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil uma década depois, quando foi liberado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Hoje, há 15 cultivares diferentes de Algodão plantadas no território nacional, sendo nove delas resistentes a insetos.

Entre os países com maior adoção de variedades transgênicas de Algodão, estão Estados Unidos, Argentina, Índia, China, Paquistão, África do Sul, México, Austrália e Mianmar.

Enquanto o Algodão em pluma é destinado basicamente à indústria têxtil, a variedade em caroço é usada na produção de óleo comestível, biodiesel e em misturas para rações animais e adubos.

O óleo pode ser utilizado no preparo de saladas, maioneses, molhos e frituras, além de servir como lubrificante e ingrediente de margarinas, biscoitos, cosméticos, remédios, sabões e graxas. Tem coloração que varia do amarelo claro ao dourado, um leve sabor de e é rico em vitamina E.

O caroço também é esmagado e vira subprodutos como a torta (aproveitado na indústria de corantes e como fertilizante) e o farelo (que serve de ração animal, principalmente para bois e carneiros).

Já o Algodão hidrófilo – desengordurado, branqueado e esterilizado – tem maior capacidade de absorção e amplo uso em curativos, cirurgias, produtos de higiene e limpeza da pele. Já na indústria bélica, o Algodão é empregado na preparação de pólvora e em explosivos como o TNT. A celulose da planta serve para a fabricação de papel para a impressão de moeda – na nota de dólar, por exemplo, compõe 75% de todo o material.

Algumas variedades de Algodão têm colorações que variam entre o bege, o caqui e o marrom. Essas plantas já eram usadas pelos incas, africanos, árabes e australianos há 4.500 anos. Neste último país, há mais de dez espécies nativas com diferentes tonalidades. Essas variedades contêm genes responsáveis por tornar a fibra colorida. Há registros, ainda, de espécies de cores verde, roxa, vermelha, cinza, rosa e azul. A maioria delas, porém, tem fibras curtas e não reúne condições ideias de fiação.

No Brasil, as cultivares de Algodão colorido foram obtidas por processos tradicionais de melhoramento genético, envolvendo seleção de plantas e hibridação. Entre as vantagens econômicas e ecológicas de uma fibra naturalmente colorida, estão o fato de que ela não desbota e dispensa o uso de corantes. Com a fase de tingimento eliminada, economiza-se cerca de 150 litros de água por quilo de fibra. Além disso, evita-se a poluição de rios e córregos com resíduos de tintas.