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Produtor terá rentabilidade baixa ou até neutra na safra 2022/23, diz presidente da Abrapa

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Julio Cesar Busato, afirmou que a safra 2022/23 será de rentabilidade baixa ou até mesmo neutra no ciclo que está sendo plantado. “O custo de produção subiu muito, principalmente pelo aumento dos fertilizantes e do combustível. Será um ano de ganhar muito pouco ou nada, mas plantaremos área estável ou levemente maior em relação à temporada 2021/22 olhando para o futuro”, disse Busato, em almoço com jornalistas, (5), em São Paulo (SP).

A estratégia, segundo Busato, consiste em mostrar que o País é um fornecedor contínuo de algodão. “O produtor sabe que precisa manter mercado. Achamos que a questão de fábricas paradas na Ásia é uma questão momentânea. Quando voltar o consumo, por termos mantido a área, enquanto os Estados Unidos pretendem diminuir área em 30%, vamos conquistar mais mercado”, afirmou Busato. Ele considera que o menor consumo de fibra pela China será temporário. “A política da China de covid zero traz problemas de consumo e produção com fábricas fechadas e demanda menor, mas achamos que isso é temporário. Quando o mercado voltar a consumir, teremos de ter algodão”, disse Busato.

Alexandre Schenkel, que assumirá a Abrapa para o biênio 2023/2024, afirmou que boa parte da produção já foi comercializada com 1 mil pontos de prêmio, o que permite ao produtor se manter na cultura. “Isso dá uma rentabilidade aproximada de US$ 150 por hectare. O produtor vai manter área porque já houve investimentos e tivemos ganhos”, disse Schenkel.

Exportação

O Brasil pode voltar a exportar 2 milhões de toneladas de algodão na safra 2022/23, que está sendo plantada, se produzir o projetado de 2,95 milhões de toneladas, estima o presidente da Abrapa, Julio Cesar Busato. “O consumo interno está estimado em 700 mil toneladas. Vamos exportar a diferença. Queremos voltar a produzir 3 milhões de toneladas para exportar o volume anterior à pandemia”, disse. Na safra 2021/22, o País exportou 1,68 milhão de toneladas.

Segundo Busato, há um atraso na comercialização da safra atual. A Abrapa estima que 50% da produção projetada já está vendida ante 70% da média dos anos anteriores. “O preço internacional estava em cerca de 70 centavos de dólar por libra-peso, mas produtores pararam de vender em virtude do custo estar acima disso. Agora, se o mercado ultrapassar os 70 cents , o produtor deve voltar a vender”, afirmou. O contrato futuro do algodão para março/23 na Bolsa de Nova York fechou a 83,20 cents/lb, na sexta-feira passada (2).

Sobre as condições climáticas para a safra, Busato disse que a seca que está afetando as lavouras de Mato Grosso ainda não preocupa porque o Estado só inicia a semeadura em janeiro, após a colheita da safra de soja. “Em outros Estados que estão plantando, como Bahia, Piauí e Minas Gerais, está chovendo muito, mas ainda dá tempo para ficar em boa janela de plantio. Esperamos que tenhamos uma estiagem para permitir plantar dentro da janela ideal”, concluiu.

Leia mais: Broadcast | Agro

Mídia: Broadcast Agro / Abrapa

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ampasul

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