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Moda, design e sustentabilidade celebram o algodão no Brasil e América Latina

Moda, sustentabilidade, cultura e diálogo celebraram o sucesso da cooperação em prol do fortalecimento do setor algodoeiro entre o Brasil e os países da América Latina, durante um grande evento, realizado no dia 4 de outubro, no Museu da República, em Brasília. Um talk-show reuniu, num só palco, importantes parceiros da cadeia produtiva do algodão, como associação que representa os produtores, design, comércio varejista e educação, para debater “Tendências em Moda e Materialidade na América Latina”.

A diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Silmara Ferraresi, destacou o trabalho da entidade para levar informação e consistência de dados à toda cadeia produtiva e ao consumidor final, já que 82% da produção brasileira possui certificação socioambiental, o que corresponde a 42% de todo o algodão que é licenciado pela Better Cotton no mundo.

“Somos o maior fornecedor de algodão responsável do mundo. Antes, entregávamos rastreabilidade e sustentabilidade até o primeiro elo da cadeia produtiva, a fiação. Para que esses atributos chegassem ao consumidor final, criamos o Movimento Sou de Algodão”, afirmou. Atualmente, 67 estilistas e mais de 1.400 marcas fazem parte do movimento. Em 2012, lançamos o programa SouABR, que mapeando a cadeia de fornecedores de marcas como Renner. Reserva e C&A, em coleções-piloto, já leva sustentabilidade à mão do consumidor, por meio de um QRCode, que rastreia o algodão responsável desde a fazenda até chegar no lote final daquela peça que está sendo comprada.

O protagonismo feminino também permeou a tônica do debate. Cerca de 75% da mão de obra do mercado da moda é dominada por elas. “A moda é uma ferramenta de transformação para o Instituto Lojas Renner, e um dos pilares é o fomento ao cultivo do algodão orgânico e agroecológico, e temos também um dos grandes objetivos que é estreitar a relação entre as cadeias produtivas e o varejo”, explicou Fabíola Silvério, gerente de Conformidade de Fornecedores e Gestão do Instituto Lojas Renner S/A, que ressaltou a meta de a empresa de ter o algodão 100% certificado. A Renner foi uma das primeiras empresas a aderir ao movimento Sou de Algodão.

O professor de Design Gráfico do Centro Universitário IESB, Marco Aurélio Lobo, lembrou a importância do papel da educação no processo de transformação social. “Ao falar da importância do criar com a fibra natural, temos que educar desde as crianças sobre a importância que ela tem. Na universidade, estamos reestruturando nossos currículos, com a nova disciplina que inclui sustentabilidade, e desenvolvendo também novos olhares para questão de inclusão e inovação”, informou.

O estilista Ronaldo Silvestre lembrou dos impactos da moda sustentável, que trabalha localmente, porém se conecta globalmente. “Ninguém faz nada sozinho. Enxergar a base da pirâmide é muito difícil. Quando as grandes empresas começarem a enxergar a grande massa, a moda estará se tornando sustentável, e vamos envolver vários elos da cadeia, tanto no sentido de produção, quanto de políticas públicas e de desenvolvimento social”, afirmou.
Coleção de algodão

Após o talk-show, foi apresentado o desfile de moda “América Latina veste-se de algodão”, realizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Ministério das Relações Exteriores (MRE), para celebrar os 10 anos do projeto regional +Algodão, que faz parte do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e FAO.

O desfile contou com lançamento de coleção exclusiva, composta por 15 looks que destacaram a influência da cultura latino-americana no mundo da moda, ressaltando ancestralidade do cultivo e do manuseio do algodão e incorporando técnicas artesanais e bordados milenares da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru. Durante a apresentação, as artesãs faziam suas artes, ao vivo, no palco.

Todas as peças foram confeccionadas com algodão produzido por agricultoras e agricultores familiares, e tiveram curadoria do estilista colombiano Juan Pablo Martinez. “O objetivo era apresentar o valor do trabalho das artesãs. Elas não têm esses espaços de difusão. Para mim é um orgulho poder trabalhar com elas e mostrar uma faceta diferente do que fazem. Estou muito orgulhoso do trabalho e com o grande impacto dele”, afirmou.

O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, lembrou que o algodão é inclusivo em toda a sua cadeia. “No desfile, podemos apreciar todo o processo até chegar ao resultado final. O que foi apresentado é um exemplo de moda brasileira e dos nossos países vizinhos, e mostrar que temos o perfil de responsabilidade, seja com o meio ambiente, com o trabalho social ou com o consumidor”, disse.

O evento foi assinado por Paulo Borges, sócio criador e fundador do São Paulo Fashion Week. “Sou um apaixonado por algodão, que representa muito a identidade brasileira. Quando ocorre um evento como esse, que reúne diversos países da América Latina, numa criação colaborativa, é muito moderno. Não foi um desfile apenas para ser visto, foi uma poesia, que mostrou tudo desde o princípio até o produto final. Essa é a mensagem poderosa”, finalizou.

No encerramento, às 19h, uma projeção na Cúpula do Museu Nacional da República mostrou imagens relacionadas ao algodão latino-americano.

Fonte: Abrapa

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ampasul

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