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Brasil tem a pluma de alta qualidade que a indústria têxtil indiana quer

Com o desafio de ampliar a produtividade nos campos de algodão para acompanhar a evolução de sua indústria têxtil, a Índia – atualmente a maior produtora mundial – importou 75% a mais de pluma na temporada 2022/23. O Brasil absorveu somente 4% desse mercado e quer aumentar esse percentual, apostando em um produto de alta qualidade e livre de contaminação.

“Existe potencial de crescimento na Índia porque o Brasil tem 100% de sua colheita mecanizada, o que garante uma pluma sem contaminação. Esse é o principal produto buscado por muitas indústrias têxteis indianas”, pontuou Marcelo Duarte Monteiro, diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).

Nesta semana, ele participou de uma rodada técnica em Ahmedabad, no estado indiano de Gujarat. Além de conhecer produtores, visitar unidades de beneficiamento e fábricas, o executivo foi recebido pelo governo indiano em uma agenda promovida pelo International Cotton Advisory Commitee (ICAC), como parte de sua 81ª Reunião Plenária.

Monteiro verificou in loco o esforço do país para acelerar a evolução da indústria têxtil. Uma das ações tem sido o investimento do governo para ampliar a produtividade nas lavouras indianas. O desafio é grande, pois a produtividade média é de 420 quilos por hectare (kg/ha), enquanto no Brasil a relação foi de 1.931 kg/ha na safra 2022/23.

“As fazendas indianas têm, em média, uma área plantada de 2 ha. O governo subsidia a produção, com uma política de preços mínimos e taxação sobre a importação”, explicou Monteiro. Ciente do protagonismo do governo indiano no setor, em outubro a Abrapa e o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, formalizaram o pleito de isenção de impostos sobre a importação da pluma brasileira. O objetivo é que o País receba o mesmo tratamento tributário que a Austrália, isenta do imposto de 11% na importação.

O diretor da Abrapa coordena o Cotton Brazil, marca que representa o algodão brasileiro em escala global e tem a Índia entre um dos dez países prioritários. A iniciativa tem parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).

A relação entre os dois países conecta dois grandes players com grande potencial de crescimento. No caso da Índia, a tradição milenar no cultivo (iniciado 3 mil anos a.C.) ajuda a explicar os números. É a maior produtora no mundo e reúne o maior número de produtores (mais de 9 milhões de pessoas, de acordo com o ICAC).

Com previsão de colher 5,4 milhões tons na safra atual, que começou a ser semeada em junho, a Índia tem a quarta maior indústria têxtil no globo. Em 2021, o setor movimentou US$ 41,4 bilhões de receitas na exportação de produtos de algodão, o correspondente a 4,7% do total do país.

Já o Brasil é o terceiro maior produtor mundial, de acordo com dados do United States Departament of Agriculture (USDA), sendo também o segundo maior exportador. Estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) indicam que, entre julho de 2023 e junho de 2024, as exportações somarão 2,4 milhões tons – 60% a mais que no ciclo anterior.

Fonte: Abrapa

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ampasul

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